Os conteúdos do site terão, basicamente, dois vetores. O primeiro deles, que será subdi-vidido em cinco editorias e nove seções, trata-se do conteúdo jornalístico; o segundo diz respeito ao banco de dados relacionado aos produtos culturais em creative commons e/ou copyleft.
Conteúdo jornalístico: Trata-se das reportagens, artigos e matérias produzidas e/ou difundidas pelo site. Como já pontuado, tais materiais – com especial atenção para as reportagens – serão norteadas por um aprumo autoral, caracterizado pelo jornalismo narrativo, o qual abrange produções multimídia e áudio-visual, ou seja, abrange as pro-duções em hipertexto, uma linguagem característica da internet. Esta preocupação se deve ao caráter de produto cultural que tencionamos dar aos textos jornalísticos na Re-vista do B. Não é possível conceber um planejamento absolutamente específico das pau-tas que serão produzidas pelo site, pois, pautas caem e sobem de acordo com fatores factuais e também com idéias e sugestões que se apresentam num determinado contexto. Tais pautas serão definidas em reuniões de pauta e avaliação feitas periodicamente. En-tretanto, para se delinear de forma geral o horizonte das produções jornalísticas da Re-vista do B, dividimos e explicamos cada uma das editorias e seções que a revista terá em seus primeiros passos, dessa forma é possível vislumbrar as temáticas e possíveis pautas que se encaixarão em cada uma delas.
1.EDITORIAS
Subdividimos as temáticas que pretendemos abordar em cinco editorias, cada qual com sua peculiaridade, todas com um ou mais editores responsáveis, com vista à corroborar com a idéia de construir uma linguagem autoral num texto jornalístico.
1.1 - Cotidiano do B: O dia-a-dia observado através de um ponto de vista particular. Histórias, situações e rotinas que passam despercebidas no cotidiano, mas que reservem em si algo de específico que justifique uma abordagem literária. É a busca pelo peculiar dentro da realidade que nos cerca, e que, muitas vezes, passa despercebida.
Temas recorrentes:
- Sociedade;
- Cotidiano;
- Traços culturais;
- Lugares;
Forma:
Em princípio a forma de abordagem das diversas pautas deve estar centrada na questão de sua peculiaridade perante o considerado comum. Não esquecendo da importância do fator humano, das personagens e do interesse do assunto voltado também para uma compreensão mais global do que se passa no Brasil e no mundo.
Editor: Filipe Garrett
1.2 - O Lado Obscuro da Vida: Histórias que pontuem os contrastes da sociedade, sobretudo vinculados às práticas sociais. As pautas devem tratar de assuntos distantes do considerado convencional, trazendo o enfoque das pautas e reportagens nas práticas e nos grupos periféricos, que não são protagonistas da mídia corporativa. A definição dos temas parte, portanto, sempre do princípio da antítese do status quo, orientando a compreensão do leitor para realidades distintas, pouco divulgadas e carregadas de preconceitos.
Temas:
- Comportamento;
- Contrastes da sociedade;
- Luta de classes;
- Preconceitos.
Forma
No tratamento dos assuntos a intenção será buscar pautas, temáticas, fontes, abordagens e estética da periferia para o centro: uso de fontes periféricas, temas periféricos e grupos e indivíduos marginalizados, que não encontram respaldo na sociedade e espaço na mídia, com o intuito de transformá-los em protagonistas das reportagens e das histórias, dando voz à sua realidade.
Editor: Luis Rodolfo Lopes
1.3 - “Picuinhas Pós-Modernas”: Histórias relacionadas ao comportamento,relacionamentos, sexo, ao jeito humano de levar a vida. É a busca da compreensão dos conflitos humanos nos seus relacionamentos, mas sempre com uma abordagem que fuja do convencional estabelecidos pelo jornalismo padrão, onde a explicação de tais fenômenos se dá através da voz de especialistas, sem o enfoque centrado no caráter eminentemente humano destas situações. O objetivo desta editoria não é o respaldo científico ou estatístico dos assuntos, mas sim a busca pela compreensão da dimensão humana presente neles.
Temas:
- Sexo;
- Comportamento;
- Relacionamento;
- Psique humana.
Forma:
Imersão absoluta na mente humana. Nesta editoria a compreensão do repórter dos conflitos de sua fonte/personagem será imprescindível, uma vez que é o que se passa na mente dessas pessoas o escopo dos assuntos a serem reportados em “Picuinhas da vida moderna”. Embora as abordagens tendam a ser geralmente de caráter psicológico, é necessário ressaltar a distinção que haverá entre a produção neste projeto e ao que se encontra na mídia especializada. Aqui a fonte é o sujeito da situação, não o psicólogo.
1.4 - No Cool da Cultura : Histórias que orbitem em torno da cultura, desde música, artes plásticas, literatura, cinema, fotografia, teatro etc. Prospecção de novos nomes, tendências e comportamentos, não apenas de quem produz, mas também de quem consome cultura. Abordagens humanizadas de tendências e projeções que derivam da cultura e interferem, mudam e rompem padrões sociais. Resgates históricos de eventos, momentos e episódios que marcaram a história da produção cultural.
Temas:
- Música;
- Cinema;
- Teatro;
- Publicidade;
- Fotografia;
- Artes plásticas;
- Literatura;
- Direitos autorais;
- Comportamento.
Forma:
As matérias e reportagens terão em seu aspecto humano o escopo principal. Reportar novas tendências com vistas em suas possíveis interferências na sociedade, e, da mesma forma, as interferências da sociedade nas produções culturais. Enfocar comportamentos e mudanças que derivem da música, cinema, enfim, das artes, e ajudam a romper preconceitos e/ou criá-los. Mapear e compreender “tribos” que determinam seus valores através de padrões cultu-rais, sempre tomando como pedra de toque os personagens.
Editor: Junior Bellé
1.5 - O mundo por ele mesmo: Esta editoria terá, ela também, uma divisão interna. Uma pri-meira parte terá como base a difusão e repercussão de noticias e matérias produzidas por veículos alternativos de mídia, tais como portais de movimentos sociais, sindicatos, organiza-ções (como o Médicos Sem Fronteira - http://www.msf.org.br/mhome.asp - e o Reporters Sem Fronteira - http://www.rsf.org), assembléias de bairro, centros sociais, assessorias de imprensa, agências de comunicação etc., além de portais livres de produção e difusão de informações, como o Centro de Mídia Independente (CMI, uma rede mundial de produção de notícias livres - http://www.midiaindependente.org -, e o site Passa Palavra - http://passapalavra.info/?p=1022). Dentro desta gama imensa de informações – atualizadas a todo o momento, diariamente - que serão filtradas e difundidas pela “Revista do B”, a equipe selecionará algum assunto de destaque para ser abordado por um enfoque completamente diferente dos demais veículos de comunicação, mesmo os acima citados, atentando para aquilo que marcamos como imprescindível em nosso jornalismo, a profundidade, literariedade e tom autoral. Esta matéria terá periodicidade idêntica às demais editorias. A respeito do enfoque, ele deverá abordar múltiplos pontos de vista, normalmente ignorados pelos preceitos técnicos do fazer jornalístico, como a dimensão humana e a compreensão mais aprofundada do assunto, tema ou fenômeno abordado.
Temas:
- Não há definição possível. Os temas serão escolhidos pela riqueza e dimensão que alcancem.
Forma:
As pautas serão capturadas da intensa produção de notícias de que a mídia alternativa é res-ponsável. Mas dadas as particularidades do projeto enquanto proposta e público, tendo sempre em mente a possibilidade de transformar um assunto tido como definitivo pelo que a mídia é capaz de informar, em algo denso e profundo, enfocando o caráter humano – tantas vezes ignorado pelo jornalismo – e a compreensão mais aprofundada e abalizada dos fenômenos e situações sociais que sempre compõe o pano de fundo de muito do que se noticia. Pela necessidade de atualização intensa e diária, esta editoria será de responsabilidade de todos os editores, que se revezarão na produção da reportagem em profundidade. A editora Aline Vessoni terá, entretanto, uma responsabilidade maior pela manutenção desta editoria. Isto se deve ao fato dela não estar responsável diretamente por nenhuma editoria, mas pela produção imagética de todas, por conta de sua formação e experiência como fotógrafa.
2.SEÇÕES
Trata-se de uma produção cultural, da mesma forma, de informação e histórias de vida, mas também de canais de comunicação, interatividade, informação interna e vendas. Neste caso, a baliza cultural não está necessariamente vinculada ao jornalismo – isso porque temos uma seção para produção ficcional -, mas segue predominantemente jor-nalística. É importante validar que apenas a seção Colunas conta com periodicidade fixa, que será definida de acordo com o número de colunistas que se somarem à revista. As demais seções de produção de conteúdo (Perfil; Era tudo mentira, não é verdade?!; Ensaios) não possuem periodicidade fixa, são produzidas e vinculadas de acordo com o material que chegar, e também balizadas pelas pautas que a equipe editorial acordar. As seções restantes (O retorno do Pitaco; Só quem é; Assine;Bisbilhotices e Canalhices à vista; Aqueles por trás da coisa toda) são fixas, tendo seu conteúdo modificado apenas esporadicamente.
2.1 – Perfil: Esta seção será abastecida através da coleta tangencial das editorias e por isso não possui periodicidade fixa. Isso quer dizer que sempre que um dos editores ou freelancers se deparar com um personagem que julgue interessante – e possível – de se construir uma reportagem de perfil, ela entrará nesta seção. Qualquer personagem que se destaque na multidão é um sujeito interessante para se produzir um perfil – e também uma mini-biografia. Como todas as reportagens da “Revista do B”, os perfis podem ser feitos em formato tradicional de texto, numa foto-reportagem, numa rádio-reportagem, num documentário ou também num hipertexto multimídia, que mesclaria dois ou mais destes formatos.
2.2 – Era tudo mentira, não é verdade?!: Esta é a seção que trará as produções ficcio-nais, e elas podem abranger contos, crônicas – que no Brasil permitem elucubrações e ápodos da ficção -,trechos de livros etc. Esta seção estará absolutamente aberta a receber materiais de leitores e escritores. Da mesma forma, não somente textos serão vinculados aqui, mas fotografias de estúdio, curtas, animações, produções de rádio, enfim, um canal multimídia dedicado a contar histórias ficcionais nos mais variados formatos.
2.3 – Colunas: Abastecida por colunistas voluntários, esta seção terá algumas sub-divisões ainda não conformadas. Da mesma forma que as demais seções, o formato da informação (foto, texto, vídeo, rádio ou multimídia) será decidido pelo próprio colunis-ta. Até o momento está estabelecido alguns vetores temáticos para as colunas, que seri-am cinema, futebol, música, papo de homem, papo de mulher e política. Entretanto, o número de colunistas e os vetores temáticos serão definidos de acordo com a demanda e podem variar de acordo com o número de colunistas que o site agregar.
2.4 – Ensaios: Da mesma forma que a seção de perfis, esta produção será tangente à de reportagens, e pode ser desenvolvida no formato que o jornalista desejar. À medida que uma temática ou pauta se mostre propícia para um intento na estética de ensaio pessoal, assim será desenvolvido e arrolado nesta seção. Por isso, a ensaios não é periódica, mas esporádica. O ensaio é bastante pessoal, lida com percepções singulares e por isso exige um tanto de reflexão, apesar disso, não deixa de ser uma produção jornalística nos mol-des narrativos. Assim sendo, optamos por não personalizar os ensaios – como é feito nas colunas -, mas sim por produção e demanda – como os perfis.
2.5 – O retorno de Pitaco: Esta seção é tradicionalmente chamada de Cartas dos Leito-res. Entretanto, no caso da Revista do B, estas cartas podem chegar em qualquer forma-to. Os leitores podem enviar fotos, sugerir conteúdo, enviar vídeos ou falas gravadas no computador, da forma como parecer melhor. É importante ressaltar que a comunicação com os leitores não se dá simplesmente através desta seção. A Revista do B pretende conceder espaço para comentários livres em todas as matérias, disponibilizar e-mail da redação e dos editores, além de fincar uma das sebes de sua atuação no contato intenso com seu público através das mais diversas redes sociais, como o Twiiter, Orkut, Face-Book, LastFM, Blip, Flicker etc. Esta seção foi pensada, ainda assim, como um local fixo para a produção exclusivamente desenvolvida pelos leitores.
2.6 – Só quem é: Esta seção é tradicionalmente intitulada como Quem somos. Nela ar-rolaremos os currículos de todos os editores e repórteres da revista, assim como vincula-remos uma forma de contato com os mesmos. É nesta seção, da mesma forma, em que estará descrito o que é a Revista do B, como ela foi pensada, no que se calca, e como pretende seguir. Além disso, nesta seção deixaremos posto uma pequena carta de prin-cípios, ou seja, uma descrição de nossa linha editorial em termos menos jornalísticos, contendo os valores que temos como essenciais na produção de notícias e cultura, por-tanto, na formação e sugestão de opiniões, tais como horizontalidade, democracia direta, distribuição livre de cultura e informação etc.
2.7 – Assine: Esta seção conterá os mecanismos, valores e explicações ao leitor no to-cante a um convite que faremos para que ele assine a revista. Vale reforçar que a assina-tura da revista de forma alguma resulta em abertura de conteúdos: todos os conteúdos da Revista do B são livres e abertos. Ofereceremos um pacote completamente variável e mutável de benefícios àqueles que queiram assinar a revista, tais como promoção de shows e de nosso ciclo de palestras. Da mesma forma, todo assinante terá desconto nos produtos vendidos pelo site. O valor da assinatura também é livre, com um valor mínimo de R$ 1,00 por mês. O leitor pode assinar por quantos meses quiser. Ofereceremos opções para pagamentos semestral e anual.
2.8 – Bisbilhotices & Canalhices à vista: Esta seção trata-se da loja virtual da Revista do B. Nela venderemos as produções dos artistas que compõem nosso banco de dados – lembrando que o valor destes produtos é repassado integralmente ao artista. Outros pro-dutos, estes produzidos e pensados pelo corpo editorial da Revista também serão vendi-dos através desta seção, tais como camisetas, moldes de stencil (para os leitores fazerem suas próprias estampas de camisetas em suas casas), DVDs (contendo compilações das melhores reportagens multimídia produzidas pelo site), livros (compilações das melhores reportagens em texto, ou compilações das melhores fotografias) etc.
2.9 – Aqueles por trás da coisa toda: Neste espaço prestaremos nossos agradecimentos aos patrocinadores do projeto. Não apenas arrolar seus logos, mas deixar um espaço para que descrevam suas atividades e os demais apoios culturais que prestam. Será também neste espaço que listaremos nossos apoios, organizações, movimentos e instituições que não puderam ajudar financeiramente, mas que prestaram solidariedade e confiaram em nosso trabalho.
Conteúdo Cultural: esta porção relacionada ao conteúdo do site trata-se simplesmente do banco de dados. Entendemos como o banco de dados da Revista do B o material disponibilizado pelos artistas, jornalistas, escritores, desenvolvedores de software etc., e difundidos em copyleft ou creative commons para download gratuito. Além destes, o material da Revista do B compilado e desenvolvido para venda (DVDs, CDs, Livros etc.) também comporá o banco de dados em regime de creative commons para downlo-ad gratuito. Nem todas as seções do banco de dados estão acordadas pela equipe da Revista do B, isso se deve ao fato de que o mapeamento de material e o contato com os artistas ainda está em fase de desenvolvimento. Entretanto, algumas divisões já estão programadas: Vídeos (longas, curtas, documentários, animações etc.), Fotografia, Li-vros, Games, Softwares, Ilustrações, Música (com subdivisões de gênero). É importante ressaltar que este banco de dados será base para demais iniciativas que a Revista do B pretende implementar, como o ciclo de palestras e atividades, e a seção Colunas.
quarta-feira, 10 de março de 2010
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